5 anos atrás
A cada dia a indústria dos games está mais e mais empenhada a nos apresentar conteúdos diversificados, autênticos e inovadores, nos surpreendendo dia após dia com mais tecnologia, mais qualidade gráfica, mais dinamismo na jogabilidade. Mostrando toda a experiência e magia, tanto na performance quanto na riqueza de detalhes, nos surpreendendo muitas vezes,até mais do que a própria indústria cinematográfica. Mas eis que em meio a tudo isso, surge um game que remete toda a nossa nostalgia, com gráficos em 2D, história linear, com uma jogabilidade simples e tão gratificante.
De tempos em tempo buscamos algo que nos arremete nossa infância, principalmente no mundo dos games, onde um dia estamos nos aventurando nos lançamentos, e no outro estamos lá salvando a princesa Peach mais uma vez. E nessa mesma vibe encaramos a internet em busca de jogos novos, que nos trazem essa mesma sensação. E foi em uma dessas buscas, em meio a várias pesquisas, que encontrei essa obra de arte.
É muito difícil escolher as palavras certas para descrever o quão incrível e cativante é Iconoclast.
Com um designer de cores que nos transporta de volta ao tempo dos clássicos Adventures 2D do SNES (Super Nintendo), se destaca com sua natureza rica em detalhes, tornando todos os cenários atrativos e agradáveis, até os mais "sombrios", sem serem agressivos,nem ao menos confusos, permitindo a fácil exploração e compreensão, tanto do ambiente em geral, quanto a própria gameplay.
A trilha sonora é totalmente original e muito bem designada para cada cenário, acontece até aquela emoção básica de cada batalha com a música perfeita ao fundo, dando mais atratividade ao jogo.
A jogabilidade simples é um prato cheio, afinal, nada melhor do que do que controles simples para um jogo que nos cativa desde o início.
E tudo isso é apenas um aperitivo, comparado com o desenvolvimento dos personagens e da própria história do jogo. E foi nesse ponto, que o desenvolvedor Joakim “Konjak” Sandberg tirou meu fôlego completamente.
SINOPSE
Estamos no controle de Robin, uma mecânica, em um mundo controlado pela One Concern, regido por uma divindade até então desconhecida, cuja sua representante na terra é chamada de “Mother”. A qual cultua sua religião, que pune qualquer mecânico não autorizado com a morte. E a todo momento enfrentamos situações onde somos caçados, ameaçado e julgados pelos nossos atos.
Em meio a toda a aventura, encaramos diversos puzzles, lidamos com máquinas de combate, soldados bem armados, tecnologias desconhecidas, e ataques variados dos agentes enviados para nos assassinar. Somos agraciados com diálogos em tempo real, e personagens inesquecíveis., cada qual com sua própria filosofia, ideologia e crenças, ricos em personalidade e estilo.
Personagens
Mina, Royal e Elro são alguns aliados que te acompanham em determinados trechos da jornada, seja auxiliando com informações importantes, dando aquela força pra derrotar algum Boss, ou em breves trechos que é possível controlá-los, sempre mantém suas essências carismáticas e seus fortes ideais, independente da situação.
Já nossos queridos “Vilões”, são um prato cheio de cultura, simbolismo, realidade e filosofia. Cada um representa a forma mais pura de ver o mundo através da religião, desde a forma mais pacífica, até o mais extremista, todos de forma gratificante, surpreendente, e alguns com elos fortes e importantes pra história.
Além de todo essa obra de arte, que te surpreende a cada momento, ainda contamos com um elemento bem impactante: os Boss
Cada qual com suas características, seus atributos e principalmente, com sua própria mecânica de combate. Sim isso mesmo, pra cada um deles você vai precisar usar uma estratégia ou artimanha diferente para derrotá-los. Alguns simples, outros mais complexos, mas todos envolventes, enérgicos e mortais.
O jogo em si apresenta uma dificuldade moderada, mas conta também com um modo difícil, e ambos destravam o lendário “New Game +” ao serem concluídos.
Se você gosta do bom e velho adventure 2D, Iconoclast é indispensável na sua lista, e altamente recomendável.